quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desejos


Está a terminar 2010.
Deste ano levo o oito e o oitenta da vida. Levo a realização de sonhos, acontecimentos esperados que se realizaram inesperadamente, vitórias, crescimento, parte da minha realização profissional, fortalecimento de amizades, perda de outras.
Este ano caí como sempre pedi para Deus não me deixar cair. E sei que de repente, quando tudo era escuro, algo melhorou, algo trouxe uma paz que nunca tinha tido. Talvez a chama dessa paz seja ténue e logo esmoreça, mas a verdade é que ela existiu por momentos este ano.

Se me é permitido ter desejos, peço para conseguir um trabalho na minha área; para que o Martim cresça feliz e saudável sorrindo cada vez mais cada vez que lhe faço caretas; que a Joana consiga roubar o amor do Príncipe lá na Inglaterra e que seja feliz e que me recorde; que a João consiga encontrar a sua realização profissional e pessoal e que me guarde sempre num cantinho no seu coração; que nós continuemos assim e cada vez mais; que quem diz gostar de mim perceba que o caminho é para cá e não para longe, que quem sente amizade a deve preservar; que a Gia e o Bai não envelheçam muito este ano porque não sei lidar com o passar do tempo deles; que os meus pais continuem chatos sinal de que está tudo bem; que as pessoas sejam mais honestas, solidárias, sinceras e rectas.

Promessa: manter a chama da fé que me faz adormecer todos os dias e permanecer igual a mim mesma, contra tudo e todos.

Será pedir muito?
Sonhos não tenho, nem quero ter.

Pandora...Pandorinha...


Vaquinha:D

sábado, 25 de dezembro de 2010

Prenda de mim, para mim!


E estou a deliciar-me como há muito não me deliciava a ler um livro. Faz-me sorrir...às altas horas da madrugada:).

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Parece que é altura disto...


Queria desejar a estes pouquinhos que, ao longo do ano, vão passando por este meu cantinho para me "ouvirem" no silêncio de tantas palavras, um Feliz Natal. Que este Natal seja vivido junto de quem mais amam, sem a nuvem negra da "crise económica" ou de outros pesadelos, afinal de contas, o que realmente importa é o que sentimos dentro do coração. Imagino que não haverá prenda melhor do que uma boa dose de amor e carinho:).

Este ano, pela primeira vez, o meu Natal vai ter um menino Jesus, o Martim. E por isso, e só por isso, vos deixo o Pai Natal mais giro e sexy de todos :D!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Raiva

O ócio faz de mim temerosa, temerosa por saber que um dia, mesmo sem emprego, posso ir na rua e alguém precisar de mim. O ócio dá-me tempo suficiente para pensar nas responsabilidades que a minha profissão acarreta. O peso dessa responsabilidade, para mim, é tão grande, que ainda hoje, volvidos uns 5 meses, ainda me sinto aluna. Parece não soar bem a melodia da palavra profissional...ou talvez seja apenas e tão só, o medo.
Tudo isto me faz sentir Humana, e por ter um coração tão grande, sofro com as pequenas cenas tristes de um filme, em que um velhinho sofre ou uma criança cresce sem amor.
Mas a raiva a que me refiro, advém não da minha responsabilidade enquanto profissional, não da minha humanidade, não da minha bondade. Surge quando ao desfolhar as páginas do jornal, entre aquele cheiro particular e sua textura desconfortável, leio acerca de mães que afogam bebés em ribeiras, de pais, jovens pais, que esbofeteiam, pontapeiam, matam bebés de 6 meses ou isso. Essas coisas, que me fazem ter medo de perder aqueles que amo, por estupidez de alguém. Essas coisas que me fazem ir na estrada, como passageira, atenta a tudo o que acontece, temendo que uma alma desenfreada faça aquilo que tantas vezes vemos fazerem a outros. E é nesses momentos que sinto raiva, raiva por não compreender o Homem, e a sua capacidade para ser tudo aquilo que não deveria.
Hoje, ao ler a notícia sobre esse pai que matou o seu próprio bebé, olhava para a fotografia da criança colocada na notícia de falecimento, e imaginava como será sermos agredidos sem sequer termos ainda aprendido a mastigar, a falar, a andar, sem termos sequer dentes para de alguma forma nos defender de quem nos ataca. Não consegui deixar de pensar em como o sorriso do meu sobrinho que me apoquenta o coração, com receio de que algum dia, alguém lho possa roubar.

Lia, também hoje, Pedro Abrunhosa que, quando questionado sobre se considera que Deus não existe, respondia ser impossível afirmar isso, quando tantas pessoas vivem com Deus no coração e têm fé. Realmente, não somos ninguém para dizer que algo não existe. E eu...eu que sempre tive a minha fé, não resisto, nestes momentos, a questionar-te Senhor: "Onde estavas Tu?".

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Poderia escolher vários.


Hoje escolho aquele dia. One year ago.

Obrigada.