quinta-feira, 27 de maio de 2010

Calorzinho no coração

"Claro que me recordei e recordo de ti. Seria provável que nos esquecêssemos de muitos alunos, e ainda por cima pelo facto de não ter sido teu professor, creio, no entanto a tua pessoa deixou marcas significativas na Escola, porque soubeste viver esta Escola, através da amabilidade e simpatia, da participação em actividades como a dança e da responsabilidade no estudo, onde te distinguiste. Foi uma passagem bastante positiva e, por isso, enquanto a memória me ajudar, pessoas como tu continuam a ser recordadas." (P.S.)

Hoje, estas pequenas frases, vindas sem que eu contasse, sem que eu imaginasse, aqueceram-me a alma, o coração e deram brilho ao meu ego. Como é bom recordar os tempos do Colégio. Como é bom reacender a chama de todas as emoções e sentimentos que lá vivi. Apenas, o regressar, se torna doloroso. Lá, fui obrigada a dizer adeus às pessoas mais especiais e importantes que conheci até hoje.
Consegui reviver o amanhecer a caminho do Colégio, o som da campainha, dos passos dos alunos a enfileirarem-se, o teu cheiro, o teu sorriso, a companhia. A dança. O vólei. Os pés descalços. Saudade, tudo se resume nisso, saudade.

domingo, 23 de maio de 2010

Rugas

"Não importa que tenhamos muitos anos de idade, desde que tenhamos memórias". Dizia Artur Agostinho. E eu, no refúgio destas quatro paredes, relembro mais uma vez, como gosto de rugas. Não porque acho que ser idoso seja a fase final da vida. Mas porque acho que os idosos trazem espelhado no olhar a dor, as aprendizagens, os arranhões, a força, a alma incansável de lutar, a capacidade de amar. Memórias. Há uma humildade própria que se torna imprescindível para que possamos ter memorias. Saber amar incondicionalmente, não é um acto passível de leviandade. E isso adquire-se com a idade, com as vivências, mas sobretudo com uma capacidade de se entregar totalmente. Nas vagas surpresas que a vida nos traz, sinto que as rugas transmitem o suor, as lágrimas, o desejo e a fé de quem ousou amar, vencer e, mesmo assim, saber perder.

sábado, 22 de maio de 2010

Breves


Um dia vou alcançar tudo o que desejo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não sinto o peso do mundo nas costas. Porque não carrego sonhos, nem desejos, nem grandes aspirações. É tudo tão frágil, tão egoísta e friável, que não sinto que nada valha sequer a minha esperança. Nem no Homem, nem na Natureza, nem no Amor. Tudo parece não fazer sentido. Tudo muda, e tudo o que devia mudar permanece inquieto, mas quieto. Fui grande e hoje sou pequena. Escondida por entre recordações que já nem um sorriso me roubam. Rolam as lágrimas pelo meu rosto. Marcam o seu caminho por entre um rosto que chega cansado. Cansado de fingir um sorriso, um agrado. Máscara. Máscara que cai quando fecho a porta deste quarto que já não sinto como meu. E agora, pelo tempo e a vida obrigada a aqui permanecer. A minha presença gera confusão, discórdia. A minha ausência gera alívio. Peço perdão.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Isto enfurece-me!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Desabafo

Uma pessoa toma uma opção diferente da dos outros e isso passa a ditar aquilo que somos. Quatro anos depois e parece que poucos se deram ao trabalho de ver para além das aparências. Paciência.