quarta-feira, 19 de maio de 2010

Não sinto o peso do mundo nas costas. Porque não carrego sonhos, nem desejos, nem grandes aspirações. É tudo tão frágil, tão egoísta e friável, que não sinto que nada valha sequer a minha esperança. Nem no Homem, nem na Natureza, nem no Amor. Tudo parece não fazer sentido. Tudo muda, e tudo o que devia mudar permanece inquieto, mas quieto. Fui grande e hoje sou pequena. Escondida por entre recordações que já nem um sorriso me roubam. Rolam as lágrimas pelo meu rosto. Marcam o seu caminho por entre um rosto que chega cansado. Cansado de fingir um sorriso, um agrado. Máscara. Máscara que cai quando fecho a porta deste quarto que já não sinto como meu. E agora, pelo tempo e a vida obrigada a aqui permanecer. A minha presença gera confusão, discórdia. A minha ausência gera alívio. Peço perdão.

0 comentários:

Enviar um comentário