quarta-feira, 31 de março de 2010

Humilhação

É aquilo que os Jornais Nacionais têm oferecido ao nosso País. Após o 25 de Abril de 1974 que nos vemos a par com uma liberdade de expressão que, me perdoem os mais antigos já que falo sem por lá ter passado, me parece que deveríamos voltar aos tempos de Salazar, pelo menos a bem da minha sanidade mental, pois já não aguento mais ver os nossos Jornais cheios de ignorantes armados em cronistas, pessoas que escrevem e opinam denegrindo pessoas, profissões, vidas, sem sequer serem racionais, rectos, informados e, tão pouco, assertivos.
Primeiro, choco-me com um link do Diário de Notícias, onde um tal de João Severino, pessoa que diz que sempre defendeu e lutou lado a lado com os Enfermeiros, ousa falar de algo que não procura sequer conhecer, ousa criticar a nossa profissão de forma ultrajante, denegrindo aquilo que rege o dia-a-dia de um Enfermeiro, o amor pelo próximo, o desejo de ajudar alguém que, por infortúnio da vida se depara em situação de doença e necessitado de cuidados, de certo que não seria pelo dinheiro...
Hoje, chega-me em mãos o jornal Expresso, nas letras muito pouco dignas de um tal Senhor Henrique Raposo. A esta personagem, muito pouco tenho a dizer. Sabe, o trabalho "sujo" de que fala no seu belo texto, cheio de um parafraseado mas que não me convence, vale bem mais do que o chão que sua excelência pisa, por cada fralda que já troquei, cada "rabo" que já limpei... valem bem mais do que a sua índole, um trabalho bem mais dignificante do que o seu, de rabo alapado atrás de uma mesa escrevendo sobre aquilo que não sabe. Deixe-me adivinhar, é filho, marido, amante...de algum/a doutor/a médico/a? Parece-me. Ou então, é eterno frustrado. Não me diga que o seu maior desejo na vida era ganhar tanto e fazer tão pouco como a maior parte dos senhores doutores médicos deste país.
Sabe qual é o meu maior desejo a partir do momento em que li a sua diarreia cerebral? Encontra-lo na cama de um hospital, de preferência em que eu esteja de serviço e sua excelência necessitando de quem lhe troque a fraldinha e lhe limpe o rabinho borrado a condizer com o seu cérebro. Quando passar uns belos dias num Internamento e perceber, que nem vai saber o nome do tal senhor doutor médico que, pensa o senhor, sabe tudo a seu respeito e tudo está a fazer para que melhore a sua saúde, quando perceber que vai depender dos Enfermeiros e dos Auxiliares de Acção Médica, que não haverá doutor médico que lhe valha, pois eles têm mais que fazer do que estar à disposição dos utentes. Tudo isso, fará o senhor dizer que eles são bem mais dignos do que nós. Cada macaco nos seu galho, cada um estuda e desempenha tarefas distintas. O seu galho, decerto, será num qualquer jardim zoológico perto de si, e não denegrindo ainda mais aquilo que se faz em Portugal. Vergonhoso é os Jornais Nacionais descerem tão baixo, permitindo que opiniões deslavadas de qualquer sentido de realidade sejam publicadas.
Bem-hajam. É da forma que não volto a gastar dinheiro a comprar um Jornal.

sábado, 27 de março de 2010

Qual a melhor forma de exprimir o vazio? Como transcrever para palavras, passíveis de serem compreendidas e interpretadas por outrem? Procuro no silêncio, nas lágrimas, na ansiedade, na falsa paz, no perdão... mas nada parece ser suficiente para transmitir e arrancar o peso que sinto no peito. Vergo o meu olhar com vergonha de mostrar que meus olhos estão-se afundando em lágrimas, que o sabor a sal a escorrer pela minha face me cansa a alma e torna os meus dias difíceis de suportar. Já senti este gosto antes. No fundo, sinto que já trilhei este caminho, mas pareço não ter decorado a caminho a seguir, a saída mais próxima para a paz, a felicidade, o viver em vez de sobreviver. As palavras amargas, os gestos infelizes e tristes, os momentos escuros e desgastantes. Senhor, pesa-me a alma que se encontra vazia. Na pressa de chegar, pareço nem sequer partir. Na pressa de esquecer, não consigo sequer contornar. Restam-me a sombra de uns sonhos antigos que não vejo realizados. Como dizer, Senhor? Como fazer entender que preciso de mais... se nada parece passível de ser entendido. O sono que se sobressalta entre apertos no peito e certezas de nada. Esgota-me. Sinto-me fraca e capaz de muito pouco. Não sei como não estar assim. Não sei.

quarta-feira, 24 de março de 2010

The big bang theory


Primeiro estranha-se, depois entranha-se.

E aqui fica o momento memorável de todos os episódios:).

terça-feira, 23 de março de 2010

Homens....

domingo, 21 de março de 2010

Coisas...

Tenho umas quantas fitas de curso para preencher lá em cima da secretária. Não tenho tido inspiração. Aliás, já nem sei bem como ser original, fugir das frases feitas e dos desejos de sempre e para sempre. Ao longo da vida o ser humano necessita de perpetuar acontecimentos, pessoas, sentimentos...esta é só mais uma forma, de recordar, excluir, incluir e marcar a vida e as pessoas. Agora pergunto-me, se não tenho fitas, não vou ter votos de felicidades? Hehe...que giro. A bem da verdade, agarro-me à Santinha e espero que pelo menos Ela me augure algo de bom! Àqueles a quem ainda não devolvi as fitinhas devidamente preenchidas peço desculpa e prometo que em breve tratarei do assunto!:)

Se preferirem podem sempre mandar-me presentes lol eu prometo que os vou interpretar como fitinhas preenchidas:p!

sexta-feira, 12 de março de 2010

I've had enough of love

quarta-feira, 10 de março de 2010

Thought


Let me alone with my wishes,my feelings,my capability of being a great women that you never can find equal.

Patrícia


segunda-feira, 8 de março de 2010

Adele - Hometown Glory

Falta

Falta-me o amor.
Falta-me o respeito.
Falta-me a felicidade plena.
Falta-me preencher este vazio.
Falta-me amar-me.
Falta-me ser mais e melhor.
Falta-me não ter medo.
Falta-me ser orgulhosa.
Falta-me a coragem.

É nas pequenas palavras de seres desconhecidos que mais me sinto gente. Hoje alguém me dizia "se Deus quiser, nós vamos conseguir". Algo aparentemente tão simples mas que ainda me assusta quando aluna solitária tento mostrar que consigo, tornou-se em algo que me fez respirar fundo, tentar, e conseguir. É quando dizem que tenho mãos de fada, que sou excepcional, que tenho um talento nato para as pessoas e que torno os seus dias um pouco mais agradáveis, que me sinto útil. Aí e só aí consigo sentir o meu coração quente. Acho que conseguiria virar costas a tudo neste momento, menos a estas pessoas. E dói. Dói sentir que aqueles que tinham obrigação de nos amar, de nos conhecer, são os que menos me fazem sentir gente. E às vezes a solidão que procuro consigo encontrá-la naqueles quartos tão vazios de vida e saúde. E é naquelas mãos que aperto sem receber resposta, naqueles rostos que não sabem sequer que existo, que busco alento para não desistir. Porque às vezes só sinto vontade de esquecer. Adormecer e esquecer que tenho toda uma vida pela frente.

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu"
Deus sabe, porque o escreveu.


Fernando Pessoa

domingo, 7 de março de 2010

Dona Ligeirinha - Diabo na Cruz




As coisas que eu encontro. Fez-me sorrir:)

sábado, 6 de março de 2010

Mais um Festival da Canção...


E se no ano passado foi escolhida uma música bonita...este ano, temos mais uma aberração. Não tenho nada contra a música ou a cantora, apenas acho que com aquilo nunca alcançaremos bons lugares na Eurovisão. Aquilo não é música de festival. Sinceramente, até sinto vergonha. E o pior...é que vendo bem, não sei se este ano houve alguma música decente a concorrer. Mas pronto...não sou em quem manda...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Rostos


Existem rostos que simplesmente não consigo esquecer. Sorrisos tristes que me apertam o coração e me corrompem a alma. A dor. A dor que sinto no seu olhar. O abandono, a tristeza de uma solidão sentida num leito de morte. E, por mais que tente, simplesmente não consigo esquecer. Não compreendo porque pequenos momentos se tornam tão grandes, como meros estranhos se entranham em mim e agora, na ausência, estranho a sua falta. Porque por vezes sou a "menina tão linda" que lhes segura a mão ou lhes aperta a bochecha e nada, nada mais que isso. E isso já parece tanto e tão mais do que aquilo que algum dia receberam. Assusta-me pensar que um dia poderei ser eu, ali... Sozinha, num qualquer sítio estranho onde nada é nosso. Nem mesmo o respirar. Por vezes sinto que aquilo que um dia fará de mim uma pessoa diferente, será a capacidade de me colocar no lugar do outro. Posso não ser ágil, não ser infalível, nem sequer inteligente. Mas consigo amar em pequenos segundos.

Agora que já passaram alguns dias e que a vergonha de reconhecer passou...posso dizer que o teu sorriso matreiro me fez falta quando regressei àquele quarto. Já ninguém me chama de menina bonita. Descansa em paz*

quinta-feira, 4 de março de 2010

Rita Guerra - Luar



:) Eu só quero...o teu jeito que me enjeita.

terça-feira, 2 de março de 2010

Se a tua luz não te ilumina...


...não tentes apagar a minha.