quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Desejos
sábado, 25 de dezembro de 2010
Prenda de mim, para mim!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Parece que é altura disto...
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Raiva
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Tempos da Universidade
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Pequenos passinhos em frente...
Ninguém me quer dar um trabalho em Vila Real? É a minha terrinha do coração...
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Feridas
O tempo passa e pouco permanece igual. Chego a ser um "coração de tijolo" como alguém um dia me chamou, carinhosamente. Mas sou de tijolo, de cabeça erguida, por ter valores aos quais não fujo nem obrigada. O que amei um dia, amo para sempre, esteja perdido no tempo, na chuva, na terra, no planeta. Lembro como se fosse hoje que senti o mundo acabar quando saí do Colégio, e aquilo que senti, faz-me ainda hoje arrepiar e lacrimejar, como se repetidamente o estivesse a viver. As palavras duras que alguma vez retribuí, sei-as de cor, e não me arrependo. Não me arrependo porque quando falo, falo verdade. Porque sou genuína e isso ninguém conseguirá jamais levar de mim. Martirizo-me quando penso que tenho pessoas verdadeiras e elas se revelam fracas, incapazes de permanecerem iguais a si mesmas, incapazes de agirem de acordo com aquilo que me fizeram acreditar. Não gosto que discutam comigo sobre algo que sei ser mentira ou verdade. Odeio que não podendo ter tudo, não se possa ter parte daquilo que se luta, anseia e deseja. Podem até deixar um vazio, mas a minha sinceridade sempre me levou a, mais cedo ou mais tarde, ouvir um "desculpa-me" ou "tinhas razão". Não dou mais colo a quem quando o sentido muda, e penso que tenho um colo para me sentar, abre as pernas e me deixa bater com o rabo no chão. Boa noite aos demais.
sábado, 30 de outubro de 2010
Memórias presentes de um passado longínquo
Fi-lo não só porque foi solicitada a minha ajuda por pessoas por quem tenho um carinho imenso, como também por mim mesma. Por um lado ia fazer algo de útil para a sociedade, por outro, ia poder voltar ao espaço que mais marcou a minha vida.
Reencontrar aquelas pessoas, perceber de como marquei e fui marcada, espreitar os cantos daquele Colégio onde vivi tanto... não há palavras para descrever como fui feliz naquilo que fiz. Faltavas tu. E eu conseguia ver-te a sair da cantina depois do pequeno-almoço enquanto eu chegava cheia de pressa, para não chegar tarde ao Bom Dia. Consigo lembrar-me de tanto e de tantos. Consigo até ouvir as vozes, reviver aqueles momentos passados. Hoje, fazia-o da janela da sala de professores, onde me sentia uma intrusa, pois a minha alma é e será sempre de aluna.
Um dia, gostava que lá voltássemos. Um dia... gostava de ver que os mais jovens podem viver aquilo que eu lá vivi no passado. Mas acho difícil, os tempos são outros e levaram a mudanças, os próprios jovens de hoje são demasiado diferentes daquilo que nós fomos. Mas gostava...
P.S. - Ver espalhados pelos corredores panfletos onde o meu nome aparecia depois da palavra Enfermeira, fez-me sentir "especial", mas ao mesmo tempo muito pequenina. Pois é pequenina que eu me sinto e sentirei sempre na casa daqueles que me ensinaram a ser tudo aquilo que eu sou hoje.
Azares
Tenho mesmo que deitar umas pedrinhas de sal para trás das costas...
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Actualizando
Até amanhã, que hoje, vou tentar ser feliz.
Aiiiiii
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Lies
Ultimamente apercebi-me que estou a ser cercada por mentiras, por pessoas falsas, por amizades antigas que se transformaram, sem eu perceber como, num mar difícil de navegar. Ajuízo que não mereço estar no centro deste alvo. Não fiz por merecer, tão pouco já fiz algo do género a alguém. É triste, mas os meus dias têm sido vividos a tentar encontrar o conforto da confiança em quem me rodeia. Vividos a tentar erguer a cabeça e mostrar o meu rosto, sem medo, sem vergonha, sem réstia de mágoa. Mas ela existe, existe e eu sinto-a no coração. Gostava de poder ser a Patrícia impulsiva e confrontar a mentira com a chapada da verdade, mas não posso, mais uma vez tenho que refugiar-me e prevenir os estragos. Mais uma vez, tenho que sorrir quando isso não me apetece, tenho que fingir que o terreno é seguro e não tortuoso.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Pontos
Prazer, sou a Patrícia, tenho 22 anos e estou num ponto de "merda" da minha vida.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Descansa em paz
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Não gosto
Eu gosto
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Licenciada em Enfermagem
domingo, 4 de julho de 2010
Vergonha
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Confissões
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Se ao menos soubesses
segunda-feira, 14 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Calorzinho no coração
Hoje, estas pequenas frases, vindas sem que eu contasse, sem que eu imaginasse, aqueceram-me a alma, o coração e deram brilho ao meu ego. Como é bom recordar os tempos do Colégio. Como é bom reacender a chama de todas as emoções e sentimentos que lá vivi. Apenas, o regressar, se torna doloroso. Lá, fui obrigada a dizer adeus às pessoas mais especiais e importantes que conheci até hoje.
Consegui reviver o amanhecer a caminho do Colégio, o som da campainha, dos passos dos alunos a enfileirarem-se, o teu cheiro, o teu sorriso, a companhia. A dança. O vólei. Os pés descalços. Saudade, tudo se resume nisso, saudade.
domingo, 23 de maio de 2010
Rugas
sábado, 22 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Desabafo
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Finalista
Maresias
Eu e o mar
Sozinhos
Voando, sonhando
Criando fantasias de pura maresia.
Construímos muros na água
Escalámos montanhas aquáticas
Pesquei nas suas águas
Refugiei-me no céu.
Vivi atabalhoadamente
Diferente do conveniente
Ao contrário da vida.
Poema demasiado antigo para me conseguir lembrar da data em que o escrevi. Mas que neste momento, faz todo o sentido.
sábado, 17 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Ahahahah
Por vezes, quando se tem um mau dia e precisamos de o descarregar em alguém,
não o faça em alguém seu conhecido. Descarregue em alguém que NÃO conheça.
Estava sentado à minha secretária, quando me lembrei de um telefonema que
tinha de fazer. Encontrei o número e marquei-o. Respondeu um homem que
disse: "Está?"
Educadamente respondi-lhe: "Estou! Sou o Luís Alves. Posso falar com a
Sra.Ana Marques, por favor?"
Ficou com uma voz transtornada e gritou-me aos ouvidos: "Vê lá se arranjas a
m*rda do número certo, ó filho da p*ta!" e desligou o telefone.
Nem queria acreditar que alguém pudesse ser tão mal educado por causa de uma
coisa destas. Quando consegui ligar à Ana, reparei que tinha acidentalmente
transposto os dois últimos dígitos.
Decidi voltar a ligar para o número "errado" e, quando o mesmo tipo atendeu,
gritei-lhe: "És um grande paneleiro!" e desliguei. Escrevi o número dele
juntamente com a palavra "paneleiro" e guardei-o.
De vez em quando, sempre que tinha umas contas chatas para pagar ou um dia
mesmo mau, telefonava-lhe e gritava-lhe: "És um paneleiro!" Isso animava-me..
Quando surgiu a identificação de chamadas, pensei que o meu terapêutico
telefonema do "paneleiro" iria acabar. Por isso, liguei-lhe e disse:
"Boa tarde. Daqui fala da PT. Estamos a ligar-lhe para saber se conhece o
nosso serviço de identificação de chamadas!"
Ele disse "NÃO!" e bateu o telefone.
De seguida liguei-lhe, e disse: "É porque és um grande paneleiro!"
Uma vez, estava no parque do Centro Comercial e, quando me preparava para
estacionar num lugar livre, um tipo num BMW cortou-me o caminho e estacionou
no lugar que eu tinha estado à espera que vagasse.
Buzinei-lhe e disse-lhe que estava ali primeiro à espera daquele lugar, mas
ele ignorou-me.
Reparei que tinha um letreiro "Vende-se" no vidro de trás do carro, e tomei
nota do número de telefone que lá estava.
Uns dias mais tarde, depois de ligar ao primeiro paneleiro, pensei que era
melhor telefonar também para o paneleiro do BMW.
Perguntei-lhe: "É o senhor que tem um BMW preto à venda?"
"Sim", disse ele.
"E onde é que o posso ver?", perguntei.
"Pode vir vê-lo a minha casa, aqui na Rua da Descobertas, Nº 36. É uma casa
amarela e o carro está estacionado mesmo à frente."
"E o senhor chama-se?." perguntei.
"O meu nome é Alberto Palma", disse ele.
"E a que horas está disponível para mostrar o carro?"
"Estou em casa todos os dias depois das cinco."
"Ouça, Alberto, posso dizer-lhe uma coisa?"
"Diga!"
"És um grande paneleiro!", e desliguei o telefone. Agora, sempre que tinha
um problema, tinha dois "paneleiros" a quem telefonar.
Tive, então, uma ideia. Telefonei ao paneleiro Nº 1.
"Está?"
"És um paneleiro!" (mas não desliguei)
"Ainda estás aí?" ele perguntou.
"Sim", disse-lhe.
"Deixa de me telefonar!" gritou.
"Impede-me", disse eu.
"Quem és tu?" perguntou.
"Chamo-me Alberto Palma", respondi.
"Ah sim? E onde é que moras?"
"Moro na Rua da Descobertas, Nº 36, tenho o meu BM preto mesmo em frente, ó
paneleiro. Porquê?
"Vou já aí, Alberto. É melhor começares a rezar", disse ele.
"Estou mesmo cheio de medo de ti, ó paneleiro!" e desliguei.
A seguir, liguei ao paneleiro Nº 2.
"Está?"
"Olá, paneleiro!", disse eu.
Ele gritou-me: "Se descubro quem tu és..."
"Fazes o quê?" perguntei-lhe.
"Parto-te a tromba!" disse ele.
E eu disse-lhe: "Olha, paneleiro, vais ter essa oportunidade. Vou agora
aí a tua casa, e já vais ver."
Desliguei e telefonei à Polícia, dizendo que morava na Rua da Descobertas,
Nº 36 e que ia agora para casa matar o meu namorado gay.
Depois liguei para as cadeias de TV e falei-lhes sobre a guerra de gangs
Que se estava a desenrolar nesse momento na Rua da Descobertas.
Peguei no meu carro e fui para a Rua da Descobertas. Cheguei a tempo de ver
os dois parvalhões a matarem-se à pancada em frente de seis viaturas da
polícia e uma série de repórteres de TV.
Já me sinto muito melhor.
Gerir a raiva sempre funciona.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Humilhação
Primeiro, choco-me com um link do Diário de Notícias, onde um tal de João Severino, pessoa que diz que sempre defendeu e lutou lado a lado com os Enfermeiros, ousa falar de algo que não procura sequer conhecer, ousa criticar a nossa profissão de forma ultrajante, denegrindo aquilo que rege o dia-a-dia de um Enfermeiro, o amor pelo próximo, o desejo de ajudar alguém que, por infortúnio da vida se depara em situação de doença e necessitado de cuidados, de certo que não seria pelo dinheiro...
Hoje, chega-me em mãos o jornal Expresso, nas letras muito pouco dignas de um tal Senhor Henrique Raposo. A esta personagem, muito pouco tenho a dizer. Sabe, o trabalho "sujo" de que fala no seu belo texto, cheio de um parafraseado mas que não me convence, vale bem mais do que o chão que sua excelência pisa, por cada fralda que já troquei, cada "rabo" que já limpei... valem bem mais do que a sua índole, um trabalho bem mais dignificante do que o seu, de rabo alapado atrás de uma mesa escrevendo sobre aquilo que não sabe. Deixe-me adivinhar, é filho, marido, amante...de algum/a doutor/a médico/a? Parece-me. Ou então, é eterno frustrado. Não me diga que o seu maior desejo na vida era ganhar tanto e fazer tão pouco como a maior parte dos senhores doutores médicos deste país.
Sabe qual é o meu maior desejo a partir do momento em que li a sua diarreia cerebral? Encontra-lo na cama de um hospital, de preferência em que eu esteja de serviço e sua excelência necessitando de quem lhe troque a fraldinha e lhe limpe o rabinho borrado a condizer com o seu cérebro. Quando passar uns belos dias num Internamento e perceber, que nem vai saber o nome do tal senhor doutor médico que, pensa o senhor, sabe tudo a seu respeito e tudo está a fazer para que melhore a sua saúde, quando perceber que vai depender dos Enfermeiros e dos Auxiliares de Acção Médica, que não haverá doutor médico que lhe valha, pois eles têm mais que fazer do que estar à disposição dos utentes. Tudo isso, fará o senhor dizer que eles são bem mais dignos do que nós. Cada macaco nos seu galho, cada um estuda e desempenha tarefas distintas. O seu galho, decerto, será num qualquer jardim zoológico perto de si, e não denegrindo ainda mais aquilo que se faz em Portugal. Vergonhoso é os Jornais Nacionais descerem tão baixo, permitindo que opiniões deslavadas de qualquer sentido de realidade sejam publicadas.
Bem-hajam. É da forma que não volto a gastar dinheiro a comprar um Jornal.
sábado, 27 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Coisas...
Se preferirem podem sempre mandar-me presentes lol eu prometo que os vou interpretar como fitinhas preenchidas:p!
sexta-feira, 12 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Thought
segunda-feira, 8 de março de 2010
Falta
Falta-me o respeito.
Falta-me a felicidade plena.
Falta-me preencher este vazio.
Falta-me amar-me.
Falta-me ser mais e melhor.
Falta-me não ter medo.
Falta-me ser orgulhosa.
Falta-me a coragem.
Não sei quantas almas tenho
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu"
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa
domingo, 7 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Mais um Festival da Canção...
sexta-feira, 5 de março de 2010
Rostos
Agora que já passaram alguns dias e que a vergonha de reconhecer passou...posso dizer que o teu sorriso matreiro me fez falta quando regressei àquele quarto. Já ninguém me chama de menina bonita. Descansa em paz*
quinta-feira, 4 de março de 2010
terça-feira, 2 de março de 2010
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Mais uma primeira vez
Agora, com o sono todo trocado, e ainda muitas horas por dormir, só penso que amanhã...amanhã...vou fazer noite de novo. E eu que gosto tanto da minha caminha.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Reflexões
Sou o tipo de pessoa que não esquece as bases dos seus alicerces.
Apegada ao passado, consigo descrever os momentos e as pessoas que me fizeram sentir gente, e que ainda hoje fazem o meu coração chorar de preocupação, carinho e saudade.
Não sei como simplesmente largar o fio condutor que fez de mim a pessoa que sou hoje. Não sei cortar raízes, virar costas e partir.
A alma fica ausente e presa num qualquer lugar que não o meu corpo. E numa tentativa louca fecho os olhos e tento acreditar que tudo será simples quando voltar à realidade. Que não estarei mais sozinha, no meio de toda esta gente. Quando o que realmente importa não está perto, nada faz sentido. Quando o que realmente amamos, apenas é feliz sem o nosso amor, há um sentimento de impotência e frustração imenso.
Poderia revelar-me segura do que sou, do que desejo. Mas a minha única segurança é a solidão. E essa, não é socialmente aceitável.
No espelho, já não consigo reconhecer quem sou, quem procuro, o que busco. Faltas-me. Falta-me o sorriso, a verdade e a certeza de que depois do temporal, tudo ficaria no lugar onde sempre esteve. Mas já nada está no seu lugar. Não sei se posso reescrever o destino, mas se este for aquele que me calhou na sina, então já o sei de cor.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Se neste momento me sinto de alma pesada e coração vazio, amanhã tudo poderá mudar e eu poderei vencer. Amanhã, poderá já não mais chover, o sol poderá brilhar e tu, poderás ver para além do que a vida nos negou. Sei que me perco e me encontro mesmo sem sair destas quatro paredes, rodeada de momentos e recordações. Sinto-me um bicho abandonado e espezinhado. Mas amanhã, poderei ser rainha tal qual gata persa em sua poltrona. Os meus olhos indecisos entre o castanho e o verde podem não fazer perder de amor a mais fraca alma, mas fazem tremer de receio o melhor dos mentirosos.
Estou perder-me em mim mesma.
Faculdade I
O tempo passa. Sinto que está próximo o fim. Quase lhe sinto o gosto, o cheiro. É com ansiedade, com desejo, que o vejo aproximar-se. É a pensar que está próximo que me motivo a continuar. Mas no quadrante superior esquerdo do coração, algo bate forte, muito forte. Ganhei conhecimentos, cresci, conquistei vitórias e encarei várias derrotas, bebi quase até cair para o lado, fiquei sóbria a rir-me dos outros, conheci professores para uma vida, outros para o livro de anedotas, fiz amigos e inimigos, enganei-me e enganaram-me, fui traída, fui assediada, diverti-me a aborreci-me. Aprendi que a melhor parte de se ser Enfermeiro é o carinho que os utentes nos dão. Aprendi que sozinhos não somos nada, nem podemos nada. Acampei pela primeira vez e repeti-o. Descobri que dormir com a João e a Joana é uma bela aventura. Percebi que não sou fácil, nem enquanto pessoa, nem enquanto aluna. Aprendi a estar longe.
Desta viagem, que ainda tem um longo percurso a caminhar, sei que vou levar:
- Um canudo. Não sei se servirá de muito. Mas vou poder ser a profissional que gostava que tivessem sido para comigo.
- A Joana. A sua vaca. Os seus porcos. A ovelha choné. A carrinha que ela não sabe conduzir. Os chás no CC. As discussões. As pazes.
- A João. Predilecção de mulher. As idas ao shop. O arroz. A calma. A vontade de oferecer dois estalos.
- O meu quarto. Choro. Riso. Concretização. Medo. Frio. Colo. Música. Velas. Incenso. Fotos. Sonho realizado.
- Desilusões. Todas e mais algumas.
- Hélder. Riso. Amizade. Diversão. Patetices. Douradinhos. FarmVille.
- Ana Luísa. Timidez. Crescimento. Boa vontade. Disponibilidade. Compreensão.
- Leonel. Luta. Coração. Sinceridade. Quis ir mas soube voltar. Cabeça erguida. Força. Vida. Sorrisos.
- Xots. Noites. Dança. Samba. Reencontros. Pastel de nata. Kripton. Moranguito. Orgasmo. Santos. Joana louca ao vê-lo. Prof dj.
- Kopos. Olhos fechados. Azevedo. Vodka limão. Wonderwall. Dança. Enfermagem. Escadas.
- Sofá. Vodka. Sumo. Pernas que não se aguenta de pé.
- Privacidade.
- Promessas.
- Presenças.
- Visitas.
02 de Fevereiro de 2010