quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Feridas


O tempo passa e pouco permanece igual. Chego a ser um "coração de tijolo" como alguém um dia me chamou, carinhosamente. Mas sou de tijolo, de cabeça erguida, por ter valores aos quais não fujo nem obrigada. O que amei um dia, amo para sempre, esteja perdido no tempo, na chuva, na terra, no planeta. Lembro como se fosse hoje que senti o mundo acabar quando saí do Colégio, e aquilo que senti, faz-me ainda hoje arrepiar e lacrimejar, como se repetidamente o estivesse a viver. As palavras duras que alguma vez retribuí, sei-as de cor, e não me arrependo. Não me arrependo porque quando falo, falo verdade. Porque sou genuína e isso ninguém conseguirá jamais levar de mim. Martirizo-me quando penso que tenho pessoas verdadeiras e elas se revelam fracas, incapazes de permanecerem iguais a si mesmas, incapazes de agirem de acordo com aquilo que me fizeram acreditar. Não gosto que discutam comigo sobre algo que sei ser mentira ou verdade. Odeio que não podendo ter tudo, não se possa ter parte daquilo que se luta, anseia e deseja. Podem até deixar um vazio, mas a minha sinceridade sempre me levou a, mais cedo ou mais tarde, ouvir um "desculpa-me" ou "tinhas razão". Não dou mais colo a quem quando o sentido muda, e penso que tenho um colo para me sentar, abre as pernas e me deixa bater com o rabo no chão. Boa noite aos demais.

2 comentários:

Fernando Meireles disse...

:)

Briseis disse...

Bom era não sermos tão susceptíveis a essas "facadinhas"...

Enviar um comentário