segunda-feira, 14 de junho de 2010


Não quero chorar, mas as lágrimas caem em cascata pelo meu rosto. São lágrimas grossas, salgadas, doridas. E eu tento parar. Tento...tento...mas não consigo. A ansiedade, o medo, o desgosto e a desilusão, estão a consumir a pouca energia que me resta. E eu que já pareço não saber rezar, encolho-me em posição fetal, entre os lençóis e, de terço na mão, procuro um conforto e as respostas que tanto preciso. Mas nada recebo. Não estou a conseguir ver com clareza, e sozinha, sei que não vou conseguir. É tão dura a realidade e eu já não sou forte, já não sou capaz. Isto se é que algum dia o fui. Não quero cair, mas já sinto o frio e a dureza do chão por debaixo do meu corpo. Se ao menos amar fosse bom, se ao menos amar de todo o coração fosse apaziguador e relaxante. Se ao menos eu entendesse porque tenho esta capacidade de amar e, no entanto, não consigo ser feliz. E por mais que eu lute, e por mais que eu faça e tente, nada parece estar bem, nada parece estar no seu devido lugar. E eu já não sei o que tenho de verdade, já não sei qual é a verdade. Se eu pudesse partir, partiria. Talvez deixasse alguma saudade. Talvez finalmente o meu pequeno mundo percebesse que não tenho toda a culpa por tudo fracassar, porque eu lutei, ainda luto, mas já não tenho forças para continuar a lutar.

2 comentários:

Briseis disse...

Calma... respira devagar.
Agora dói, mas amanhã já passa! Prometo!

Patrícia Costa disse...

não tem passado. não tem.

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