segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Apontamentos

Sou a Patrícia. Aquela de sempre. Que como todos os outros seres, sofre mudanças com o passar do tempo. Aprendi a ser mais humilde, a saber ouvir, a não dizer sempre tudo o que penso. Nem sempre consigo. Mas hoje sou também aquela que tem um emprego, que vive numa cidade nova e longe das pessoas que conhece, que aprende a achar alguma piada à nova vida. Mas não consigo partir sem levar o coração apertado com tudo aquilo que, nos dias em que a vida me prende em Coimbra, deixo para trás aqui no meu Douro. Até a minha almofada me faz falta.
Durante as diversas viagens que ao longo deste mês já tive que fazer, dei por mim diversas vezes a pensar nos anos volvidos, nas pessoas que conheci e que vi partir, nos homens por quem me apaixonei e que hoje mal sei deles e daquele que fica para sempre, das amigas que eram de sempre mas que não se tornaram para sempre, na Joana e na João e na saudade que tenho das nossas confidências e dos nossos silêncios.
Acredito que com o tempo tudo rumará a algum lugar. Mas pergunto-me porque existem coisas e pessoas que mudam...que mudam tanto?! Gostava que determinados sentimentos pudessem existir por eles mesmos, sem serem necessárias explicações, comprovações ou mesmo compreensão. Mas as pessoas teimam em querer dizer que há coisas que não conseguem compreender. A verdade, é que eu não fui feita para explicar o porquê daquilo que sinto, mas sim para absorver tudo aquilo que me dão e poder retribuir.
Estou com sono e não sei sequer aquilo que estou a escrever, pois acho que não era sobre isto que eu queria reflectir, mas às vezes quero acreditar que nestas minhas palavras tortas, sem sentido ou rima, "consegue(s)" ler-me.

Bolas...

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